Guia para comprar casa em plena crise do coronavírus Navegar em portais, fazer visitas virtuais, falar com agentes imobiliários, simular créditos à habitação, tudo é possível sem sair de casa. 23 abr 2020 min de leitura A crise sanitária e económica provocada pelo coronavírus em Portugal tem vindo a paralisar as operações de compra e venda de casas, de uma forma global. Mas este período de confinamento pode ser um bom momento para procurar um novo lar e começar a preparar o processo de aquisição, tudo remotamente. Preparámos, por isso, um guia que visa ajudar quem pensa em comprar casa, que inclui nomeadamente dicas sobre como encontrar um crédito à habitação à distância. Os portais imobiliários continuam 100% disponíveis em todos os seus formatos (web, telemóvel, apps), sendo a altura certa para aproveitar todas as suas vantagens (fotos, descrições, detalhes, etc.) e fazer uma lista dos imóveis que gostas ou te interessam. Podes usar as ferramentas de guardar as pesquisas e de favoritos. Além disso, podes contactar os vendedores, sendo aliás muito recomendável fazê-lo. Ainda que não possas visitar fisicamente o imóvel, sim que podes esclarecer dúvidas que te permitam conhecer melhor a casa ou até solicitar uma visita virtual. A imobiliária ou o proprietário podem enviar-te mais fotos e conteúdo multimédia, como renders, informar sobre o estado da propriedade ou a sua disponibilidade, e dar-te mais informação que não esteja detalhada no anúncio.... inclusivamente se o preço é negociável - algo provável nos dias que correm. Se, além do mais, contactares uma imobiliária, o agente pode indicar outros imóveis que se encaixem dentro do perfil que estás à procura. E se encontrares alguma casa que te interessa de verdade, é recomendável que dês outros passos para conhecer melhor o imóvel: podes pedir o registo da propriedade, perguntar sobre os gastos de condomínio ou se tem alguma carga atual ou prevista... Se não conheces bem a zona, deverás também fazer uma investigação online sobre a mesma: que serviços públicos existem, escolas, ginásios, transportes, supermercados.... não te esqueças que uma parte fundamental da decisão de compra de uma casa é onde está e a área envolvente. Como pedir um crédito à habitação à distância Um ponto importante: faz contas ao esforço que implica a compra, mas além do valor desembolsado na compra da casa em si mesma, calcula também outros gastos, como o valor mensal da prestação do crédito à habitação, impostos, escrituras, custos da mudança, compra de móveis, obras, se forem necessárias... Para ver qual é o valor da prestação do crédito à habitação que mais se adequa às tuas necessidades, utiliza um simulador online. Podes inclusivamente comparar diferentes ofertas de bancos, e até fazer um pedido online para saber se o banco te daria crédito. Mas lembra-te, os bancos não dão aprovações 100% válidas até que comprovem todos os teus dados com documentação e se realiza a avaliação do imóvel. Inclusivamente muitos não têm um valor inicial, sendo que fazem uma solução à medida de cada cliente. Assim, sendo que já tens uma casa apalavrada, ou se ainda estás à procura, podes começar a pedir um crédito à habitação. Serviços como o de idealista/news permitem que sejam enviados pedidos a vários bancos sem saires de casa, sem custo e sem qualquer tipo de compromisso, e isto pode ajudar-te a ir ganhando tempo. Inclusivamente podes falar com os agentes do banco remotamente, para que te ajudem a entender melhor as suas ofertas e fazer comparações. Os peritos que fazem as avaliações de imóveis, continuam a funcionar, seguindo procedimentos adaptados às contigências de confinamento da pandemia. Por último a formalização: esta é a parte do processo que atualmente é mais complexa. Por um lado, a maioria dos bancos - até ao momento - exigia a abertura de contas e a assinatura de outros documentos que ainda não tinham um processo digitalizado, e por outro lado, porque os notários apenas estão a realizar atos de urgência comprovada, e sempre sob marcação prévia. No entanto, há forma de contornar este obstáculo. De modo a ultrapassar o encerramento de diversos notários, várias transações de imóveis têm sido realizadas através de Documento Particular autenticado (DPA), em lugar da escritura pública. Sendo que a escritura pública é sempre lavrada por notário, elaborada e subscrita por si e pelos outorgantes, o DPA é assinado apenas pelos intervenientes, podendo ser exarado pelos prórios ou pela entidade autenticadora, sem o outorgar nem o subscrever com as partes. Este documento pode ser autenticado e depositado por advogados, notários, solicitadores ou conservadores. "Apesar da situação de confinamento que vivemos, desde casa podemos fazer muitas coisas e aproveitar para avançar com os processos de procura de uma nova casa; apenas temos que aproveitar as ferramentas e os profissionais disponíveis", argumenta Juan Villén, responsável de idealista/hipotecas. Fonte: Idealista Partilhar artigo FacebookXPinterestWhatsAppCopiar link Link copiado