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PONTA DO SOL - Conheça este magnífico Concelho da Ilha da Madeira

Em 1420, João Gonçalves Zarco, em viagem de reconhecimento da costa da Madeira, atingiu uma ponta que entrava no mar e sobre a qual se avistava uma rocha que, de tão polida pela rebentação das ondas, parecia iluminada pelo reflexo dos raios solares, daí a designação de Ponta do Sol.
17 jan 2020 min de leitura
(…) Ponta do Sol se chama assi por ter uma ponta ao Occidente da villa que tem o parecer… aonde também dá o sol primeiro que na villa quando nace
 
Gaspar Frutuoso, Saudades da Terra (respeitando-se a grafia original do autor).
 
Em 1420, João Gonçalves Zarco, em viagem de reconhecimento da costa da Madeira, atingiu uma ponta que entrava no mar e sobre a qual se avistava uma rocha que, de tão polida pela rebentação das ondas, parecia iluminada pelo reflexo dos raios solares, daí a designação de Ponta do Sol.
 
História
 
O povoamento da Ponta do Sol ocorre por volta de 1425, pouco tempo depois da descoberta da ilha, por colonos portugueses oriundos do Minho, das Beiras e do Algarve.
Devido à fertilidade dos seus solos, foi desde sempre aproveitada para as chamadas culturas ricas, sendo na época da colonização um dos mais ativos centros de produção agrícola, especialmente da cana-de-açúcar. Não alheio a isso, a 2 de dezembro de 1501, D. Manuel I elevou esta povoação à categoria de vila e concelho municipal.
Desde o início do seu povoamento, a cana sacarina constituiu a principal economia do concelho, sendo usado como moeda de troca com o reino por outros produtos necessários à vida quotidiana, como ferramentas, tecidos, sal, azeite, e outros.
Ao fim da Era de quatrocentos, já a produção do «ouro branco » era bastante para o consumo regional e nacional e, ainda, suficiente para exportar.
Para o progresso desta povoação, e à semelhança do que aconteceu em toda a parte sul da Ilha, contribuíram, para além dos portugueses, elementos estrangeiros, nomeadamente, flamengos, ingleses, escandinavos, lombardos, genoveses, mouriscos, judeus e africanos. 
Em 1835, foram acrescentadas ao concelho as freguesias da Tabua, Ribeira Brava e Serra de Água, facto que em 1914, depois da Implantação da República, viu-se alterado pela criação do concelho da Ribeira Brava, voltando a diminuir-se a extensão do concelho da Ponta do Sol. Tornando-se, assim, o concelho mais pequeno da Região Autónoma da Madeira, facto que se mantém até aos dias de hoje.
Entre finais do século XIX e princípios do século XX, a Ponta do Sol deteve uma posição de forte influência política e cultural na zona Oeste da Madeira, facto registado pela publicação de cinco títulos de jornais no concelho, um dos quais, o Brado d'Oeste, que se prolongou por uma década (1909 a 1918), e registou 858 números. Chegou a existir, também, três salas de cinema, uma em 1932, outra em 1934 e outra, ainda, em 1967, sendo que atualmente nenhuma delas se encontra operacional.
Hoje em dia, este concelho regista um grande desenvolvimento cultural, económico e social, sendo uma localidade muito procurada pelo clima, pelo rico património e pelas belezas naturais.

Clima e relevo
 
A Costa marítima da Ponta do Sol compreende a Madalena do Mar, Canhas e Vila da Ponta do Sol.
 
A Ponta do Sol possui um clima subtropical, com uma temperatura média durante o ano de 19,4 °C, sendo considerado o concelho onde o sol brilha durante maior número de horas.
Quanto ao relevo apresenta uma morfologia bastante acidentada, tendo alguns montes com altitudes superiores a 1000 m, como Fonte do Juncal (1595 m) e Loiral (1415 m), e serras, de menor altitude, como a de Salões, com 479 m. Aí situa-se um dos pontos mais altos da ilha da Madeira o Paul da Serra, sendo este o único planalto existente na ilha, com 24 km² de superfície e 1500 m de altitude.
Como recursos hídricos são de destacar a ribeira da Ponta do Sol e a de Santiago.
Economia
As atividades económicas concentram a maioria da população no setor primário, correspondendo a 44 km² para a prática agrícola. Destacando-se o cultivo de cana-de-açúcar, horticultura, floricultura e banana, sendo que a última é o concelho da região que mais produz, graças às excelentes condições ao seu cultivo.
Existe, ainda, uma empresa de exportação de plantas que exporta, intensamente, para a França. Destaca-se, também, para o crescimento do comércio tradicional e da hotelaria.

Gastronomia e artesanato
 
Na gastronomia do concelho encontram-se os pratos típicos da região, como a espetada em espeto de louro, caldeirada de peixe, bifes de atum, filetes de espada preto, lapas grelhadas, entre outros.
Quanto ao artesanato, os principais trabalhos do concelho são: tapeçaria de retalhos, telas, bordado Madeira, tanoaria e obras de vime. Destaque-se ainda o facto de na Lombada da Ponta do Sol serem criadas e utilizadas castanholas de tamanho e toque característico e único desta mesma zona do concelho em especial nos grupos que se juntam no adro da igreja de nossa senhora da Conceição após as missas do parto. Atualmente este instrumento musical é construído apenas por um habitante local (Raul Gaspar) nos seus tempos livres.

Personalidades de relevo
 
O pai do escritor americano John dos Passos era originário da freguesia da Ponta do Sol, facto lembrado no nome do principal equipamento cultural do município, o Centro Cultural John dos Passos.
A escritora e dramaturga Eugénia Rego Pereira nasceu neste município em 1877.


Fonte: Wikipedia

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