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“Há demasiados agentes imobiliários”

Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal insiste na premência da autorregulação e na criação de uma Ordem com competências para formar, fiscalizar e sancionar os operadores que atuam ilegalmente no mercado.
04 mar 2020 min de leitura
Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal insiste na premência da autorregulação e na criação de uma Ordem com competências para formar, fiscalizar e sancionar os operadores que atuam ilegalmente no mercado.

Luís Lima, presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), defende que está na altura, de “uma vez por todas”, de discutir a autorregulação do setor e desafia o Estado a aproveitar esta oportunidade.

“Há demasiados agentes no setor e o acesso à profissão está demasiado facilitado. A classe tem de estar preparada porque o imobiliário não vai estar sempre na maré de cima. Já passei por um ciclo muito complicado e sei bem a importância de sermos autorregulados, até para enfrentar as crises”, afirma.

O porta-voz dos imobiliário é apologista da transição da APEMIP para uma Ordem ou Câmara dos Mediadores Imobiliários, com competências para formar, fiscalizar e sancionar, incluindo com perda de licença para exercer “os operadores que atuam ilegalmente no mercado, denigrindo, por vezes, a imagem do setor”. Para Luís Lima este é um passo que deve ser dado em parceria com o Governo.

“O Estado, que é o principal interessado nisto, não tem capacidade para fiscalizar todas as empresas do País. Por isso, deveria acarinhar esta oportunidade”, defende Luís Lima, citando um estudo feito pela APEMIP, que revelou que 90% das empresas associadas querem a autorregulação.
 
Descida abruta de preços
“Os preços não podem subir até ao céu”, alerta Luís Lima, cujo receio é que o abrandamento dos preços, que já se vai verificando, se torne “numa descida tão grande que leve ao colapso de determinadas entidades”. Na opinião do líder da APEMIP, Portugal não está preparado para enfrentar uma descida vertiginosa dos valores das casas, embora alguns sinais revelem já esse perigo.

Para além das constantes mexidas legislativas no setor, que podem provocar recuos no investimento externo e os preços exorbitantes. Luís Lima acredita que o facto de o setor da construção se ter direcionado, nos últimos anos, para a classe média e alta, vai levar, “mais tarde ou mais cedo”, ao excesso de habitação.

Por outro lado, diz, “houve muita gente que investiu pensando em negócios puramente especulativos. Isso pode ser muito complicado, porque o colapso dessas entidades pode-nos prejudicar a todos”. A este cenário acrescem ainda as preocupações com as mobiliárias, cujo crescimento foi, nos últimos anos, exponencial. “As imobiliárias são o barómetro do setor, quando está para cima, crescem as empresas. Quando está para baixo, começam a fechar que nem cogumelos”, constata Luís Lima, revelando-se preocupado.
 
Um bom momento para vender casa?
“Colocar o preço certo na venda é fundamental. Não pensem que tudo o que está no mercado vale ouro. Zonas que há uns anos, ninguém dava nada por esses ativos, agora as pessoas pensam que descobriram o petróleo. Não há nenhuma justificação para estes preços, portanto, tenham cuidado. Há uma oportunidade neste momento para renovar as cidades, para muita gente fazer o seu aforro, mas a ganância pode ter graves consequências”.
 
“Muita gente que investiu pensando em negócios puramente especulativos. Isso pode ser muito complicado. O colapso dessas entidades pode-nos prejudicar a todos”.
 
Fonte: JM Economia

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